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ES - Governo do Estado amplia teto do Simples Nacional.
O decreto tem efeitos a partir de 1º de janeiro do ano que vem.
O faturamento das micro e pequenas empresas do Espírito Santo, para  efeito de adesão ao Simples Nacional, passa de R$ 1,8 milhão para R$ 2,4  milhões. Com isso, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e  Serviços (ICMS) será recolhido nesse sistema. O decreto que fixa as  faixas de receita bruta anual dessas empresas foi assinado na manhã  desta quarta-feira (02) pelo governador Paulo Hartung, em solenidade  realizada no Society Gauchão, em Campo Grande, Cariacica.  
O decreto tem efeitos a partir de 1º de janeiro do ano que vem. Para os  micro e pequenos empresários, a medida representa, entre outras  vantagens, mais facilidade no atendimento da legislação e no pagamento  de tributos e diminuição da carga tributária em cerca de 90% - essa  redução se refere a todos os tributos, federais, municipais e estaduais,  que passam a ser recolhidos mediante guia única. 
Em termos de ICMS, por exemplo, uma empresa com faturamento mensal de R$  500 mil, pelo regime ordinário recolheria em torno de R$ 58 mil de ICMS  ao ano, enquanto que pelo Simples Nacional recolheria R$ 12 mil, o que  corresponde a uma redução de carga de cerca de 78%. 
O Governo do Estado vai reduzir a arrecadação em cerca de R$ 10,5  milhões com a instituição do novo limite, mas os benefícios para a  economia serão compensatórios. 
Estiveram presentes à solenidade o vice-governador Ricardo Ferraço, o  prefeito de Cariacica, Helder Salomão, autoridades estaduais e  municipais e lideranças dos setores de comércio, indústria e serviços.
O governador Paulo Hartung afirmou que ao assinar o ato que aumenta o  limite do faturamento das empresas de pequeno e médio porte o Governo do  Estado abre mão de receita e ao fazê-lo faz com que os 78 municípios  capixabas abram mão de receita também, já que eles ficam com 25% do ICMS  arrecadado pelo Estado. 
Este é um ato muito importante. Estamos abrindo mão de receita pública  para de certa forma buscar melhorias para os segmentos menos protegidos  da vida econômica de nosso Estado. Isso só está sendo possível porque  promovemos o saneamento das finanças públicas no Espírito Santo”,  lembrou Hartung, destacando, no entanto, que a expectativa é que, com o  tempo, a medida contribua para o aumento da arrecadação, já que ela  incentiva entrada no mercado formal.
Hartung também enfatizou a importância social do decreto. “A assinatura  do decreto aumenta a possibilidade de formalização de empresas, melhora a  vida daquelas já formalizadas e contribui para a geração de novos  empregos. Portanto, essa medida possui um grande impacto social, além de  melhorar a competitividade de nossas empresas de pequeno e médio  porte”, afirmou.
De acordo com o secretário de Estado da Fazenda, Bruno Negris, há  atualmente no Espírito Santo 46 mil contribuintes de ICMS optantes pelo  Simples Nacional - de um total de 66 mil. Com a nova faixa para adesão, a  perspectiva é de que esse número chegue a 53 mil. O aumento do número  de contribuintes deverá ocorrer principalmente nas pequenas indústrias e  no comércio varejista. 
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e de Turismo do  Estado do Espírito Santo (Fecomércio), José Lino Sepulcri, comemorou a  assinatura do decreto, lembrando que as micro e pequenas empresas  poderão competir em igualdade com as de outros estados das regiões  Sudeste e Sul, onde o limite de R$ 2,4 milhões já era praticado. 
O novo teto passa a valer, obrigatoriamente, para todos os municípios  capixabas em relação aos contribuintes do ISS, beneficiando as empresas  prestadoras de serviço de qualquer natureza. 
De acordo com Bruno Negris, a receita de ICMS relativa aos optantes pelo  Simples no Estado alcançou R$ 146 milhões no ano passado, o que  corresponde a 2,4% da arrecadação total de ICMS. Nos primeiros quatro  meses deste ano foram arrecadados R$ 55 milhões, superando em 21% o  mesmo período em 2009.
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